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Israel mantém genocídio em Gaza, mortes beiram 55.300 vítimas

14 de junho de 2025, às 13h11

Palestinos lamentam seus mortos após ataques israelenses a centro assistencial no norte de Gaza, no Hospital al-Shifa, Cidade de Gaza, em 14 de junho de 2025 [Ahmed Jihad Ibrahim al-Arini/Agência Anadolu]

Ao menos 55.297 pessoas foram mortas pela guerra de extermínio israelense contra a Faixa de Gaza sitiada, desde outubro de 2023, reportou neste sábado (14) o Ministério da Saúde do enclave palestino, em sua atualização semanal dos dados.

Em nota, a pasta observou que 90 corpos chegaram aos hospitais nas últimas 48 horas, além de 605 feridos, ao elevar o número de feridos — entre os quais ferimentos graves e amputações — a 128.426 vítimas.

Muitas pessoas permanecem, no entanto, soterradas por escombros ou abandonadas nas estradas, à medida que as ações de Israel impedem equipes de resgate de alcançá-las, prosseguiu o comunicado. 

O exército israelense retomou ataques intensivos a Gaza em 18 de março, ao rescindir unilateralmente um acordo de cessar-fogo e troca de prisioneiros com o grupo Hamas, firmado em janeiro.

Agências das Nações Unidas destacam a urgência de que consigam entregar assistência a Gaza, à medida que a fome toma a população e um apagão das telecomunicações — por ataques de Israel à infraestrutura civil — ameaça operações para salvar vidas.

Em novembro, o Tribunal Penal Internacional (TPI), sediado em Haia, emitiu mandados de prisão contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, por crimes de guerra e lesa-humanidade.

O Estado israelense é ainda réu por genocídio no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) — corte-irmã que julga Estados, também em Haia —, conforme denúncia sul-africana deferida em janeiro de 2024.

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