Os Estados Unidos estavam cientes dos ataques de Israel contra o Irã nesta madrugada, dias antes da operação, apesar das negativas públicas da Casa Branca, revelaram redes de imprensa nesta sexta-feira (13), segundo informações da agência Anadolu.
Oficiais do governo dos Estados Unidos do presidente Donald Trump foram informados dos ataques com antecedência e, nos bastidores, não expressaram oposição, destacou reportagem da rede Axios, ao citar fontes israelenses.
“Tínhamos clara luz verde dos Estados Unidos”, disse um oficial.
Trump chegou a reconhecer conhecimento prévio, embora insista que seu exército não se envolveu tampouco coordenou a ação. Marco Rubiu, secretário de Estado, ressaltou que Israel agiu “unilateralmente”.
Aviões israelenses atacaram Teerã e outras cidades, incluindo zonas residenciais, bases militares e instalações nucleares, nas primeiras horas desta sexta.
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O primeiro-ministro de Israel e foragido internacional, Benjamin Netanyahu, justificou a missão como tentativa de “eliminar” o programa nuclear e as capacidades balísticas do Irã, ao fomentar aumento nas tensões regionais.
Segundo Netanyahu, “não é uma operação de horas ou dias, continuaremos até nossos objetivos serem alcançados”.
Conforme a Axios, agentes do Mossad, serviço de inteligência israelense, planejaram o ataque por oito meses. A operação contou com bombardeios aéreos, assassinatos em campo e sabotagem.
Oficiais israelenses afirmaram que o plano foi posto em movimento após Teerã reagir a ataques israelenses no fim de outubro, com disparos a Tel Aviv.
Israel alegou atacar para evitar o que descreve como aumento rápido das capacidades armadas do Irã no campo nuclear, incluindo a fortificação de usinas de enriquecimento de urânio consideradas imunes até mesmo a morteiros antibunkers.
Israel reivindicou a morte de dois cientistas e ao mês três comandantes militares.
O Irã prometeu retaliar, sem descartar, inclusive, alvos americanos na região. “A nossa resposta se dará no momento e no lugar apropriados”, alertou um oficial iraniano nesta sexta-feira.
A comunidade internacional voltou a advertir para o risco de conflito aberto, enquanto Estados Unidos e potências europeias insistem na possibilidade de um acordo atômico com Teerã, incluindo reuniões de emergência.
A situação, no entanto, permanece volátil.
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