O governo de Israel está diante de uma das suas piores crises polÃticas, com o premiê e foragido internacional Benjamin Netanyahu correndo contra o tempo para tentar evitar o colapso de sua coalizão, diante de um voto preliminar nesta quarta-feira (11), com o objetivo de dissolver o parlamento (Knesset).
A crise decorre de uma escalada sem precedentes de partidos ultraortodoxos, os quais ameaçaram apoiar a dissolução da câmara caso não haja acordo sobre a isenção de sua comunidade do serviço militar obrigatório.
O Partido JudaÃsmo Unido do Torá advertiu que âcaso não tenhamos um acordo sobre um projeto de lei, votaremos a favor da dissolução do Knessetâ.Â
O Partido Shas disse aguardar instruções de seus rabinos, mas expressou dúvidas sobre as intenções de Netanyahu nas negociações. Uma fonte interna comentou: âSabemos dos métodos de Bibi â ele não aprova nada, ele enrolaâ.
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Nas últimas horas, Netanyahu se concentrou em adiar a votação, ao levar aos partidos ultraortodoxos uma proposta sobre o recrutamento.
A proposta, que requer análise posterior da Suprema Corte, não foi revisada, contudo, pelos assessores jurÃdicos do Comitê de Defesa e Relações Exteriores, ao sugerir desvio da tramitação padrão.
Conforme relatos, Netanyahu propôs ao presidente da comissão, Yuli Edelstein, de seu partido governista Likud, adiar penalidades a eventuais desertores, ao indicar uma fase transicional de âajusteâ.Â
Neste entremeio, seu secretário de gabinete, Yossi Fuchs, dialoga com ultraortodoxos a fim de persuadi-los a garantir mais uma semana.
As disputas internas coincidem com uma crise internacional sem precedentes a Israel, em meio ao genocÃdio em Gaza, incluindo ministros sancionados por Estados aliados e apelos para que mais paÃses rompam laços com o regime de apartheid.
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