Yair Golan, líder do Partido Democrata de Israel, oposição sionista ao primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, condenou nesta segunda-feira (9) o slogan de “vitória absoluta” utilizado pelo regime durante a guerra em Gaza, ao descrevê-lo como “mentira”.
Golan, ex-chefe do Estado-maior do exército israelense, disse em coletiva de imprensa no Knesset (parlamento) que a promessa de Netanyahu “não carrega qualquer sentido político ou militar verdadeiro”.
“Não é estratégia, é propaganda”, reiterou, segundo o jornal Yedioth Ahronoth.
“A ocupação de Gaza não é um objetivo de segurança, mas o exato oposto: é uma ação política que enfraquece a segurança de Israel e põe reféns [sic] e soldados israelenses em risco”, acrescentou Golan.
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O ex-general tem reivindicado um acordo abrangente pelo retorno dos prisioneiros de guerra israelenses mantidos em Gaza, em troca de um cessar-fogo.
Golan também pediu renúncia do governo de Netanyahu, somado a apelos da oposição por novas eleições, para formar uma coalizão focada nos reféns.
Israel mantém ataques a Gaza há 612 dias, com 55 mil mortos e quase 130 mil feridos, além de dois milhões de desabrigados, sob condições de fome catastrófica.
As ações são crime de guerra, punição coletiva e genocídio.
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