Autoridades da Faixa de Gaza afirmaram sua prontidão para garantir a entrega de comboios de ajuda humanitária às famílias famintas, anunciaram autoridades no sábado, enfatizando o compromisso de proteger a ajuda contra roubo ou caos, em conformidade com os protocolos da ONU, relata a Anadolu.
O Escritório de Imprensa de Gaza enfatizou que o governo, em coordenação com as comunidades locais, incluindo famílias e clãs, “pode facilitar com eficiência os esforços de socorro, apesar dos repetidos ataques que mataram 750 policiais encarregados de garantir a ajuda e milhares de funcionários públicos e municipais”.
Um comunicado insta os moradores a protegerem ativamente os comboios de ajuda humanitária, impedindo ataques ou desvios para garantir que os suprimentos cheguem às famílias deslocadas e famintas, as mais afetadas pela guerra.
A nota reitera o papel da ONU como organismo internacional legítimo, com décadas de experiência no atendimento a refugiados palestinos e na proteção de seus direitos.
O escritório também condenou as iniciativas de ajuda humanitária apoiadas por Israel e pelos EUA, supervisionadas pelo exército israelense, como um “fracasso retumbante”, e criticou esses projetos por falta de transparência, violação dos padrões de justiça e dignidade e por servirem como ferramentas de propaganda que agravam a crise em vez de atender às necessidades dos civis.
A Fundação Humanitária de Gaza anunciou na sexta-feira que suspendeu as operações por tempo indeterminado, pedindo aos moradores que se mantenham afastados para sua segurança.
Em 27 de maio, Israel começou a implementar um plano controverso para distribuir ajuda humanitária por meio da Fundação Humanitária de Gaza, ignorando a supervisão da ONU. Os palestinos denunciaram a medida como uma tática coercitiva para forçar o deslocamento do norte para o sul de Gaza.
O número de palestinos mortos por tiros israelenses enquanto tentavam obter ajuda humanitária sob um novo e controverso sistema desde 27 de maio subiu para 115, com mais de 580 feridos e nove desaparecidos, de acordo com uma contagem da Anadolu baseada em fontes palestinas.
Desde 2 de março, Israel mantém as agens de fronteira fechadas, impedindo a entrada de alimentos, medicamentos, combustível e outros suprimentos essenciais para os 2,4 milhões de habitantes de Gaza.