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Anistia condena Reino Unido por ameaça a funcionários solidários a Gaza 3w145

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10 de junho de 2025, às 16h15

Protesto pró-Palestina em frente à Suprema Corte do Reino Unido, em Londres, em 13 de maio de 2025 [Rasid Necati Aslim/Agência Anadolu]

A Anistia Internacional expressou seu repúdio, nesta terça-feira (10), a um ultimato da Secretaria de Relações Exteriores do Reino Unido a funcionários públicos que declarem apreensão sobre as políticas de governo referentes a Gaza.

Em nota, o grupo de direitos humanos confirmou que agentes públicos receberam uma notificação para ponderarem sobre renovar seu contrato caso divirjam do governo.

Sacha Deshmukh, diretora executiva da Anistia no Reino Unido, alertou: “É perturbador que equipes do Ministério de Relações Exteriores que apontem legitimamente para os riscos de direitos humanos do papel britânico em Gaza sejam ditas para considerarem sua demissão”.

“Trata-se de uma mensagem apavorante a todos os funcionários públicos — e a todo o público, de modo geral —, que a dissidência de princípios sobre a lei internacional e os direitos humanos não é bem-vinda neste governo”, acrescentou.

LEIA: Ex-líder trabalhista pede inquérito sobre apoio britânico ao genocídio em Gaza

“As preocupações expressadas pela equipe, sobre exportações de armas, assassinatos de trabalhadores humanitários e a catástrofe em Gaza, não somente são justificadas, como refletem apreensões do público geral, com base nas obrigações legais do Reino Unido sob a lei internacional”, explicou Deshmukh.

“Suprimir o escrutínio interno não faz tais receios desaparecem”, reiterou. “Muito pelo contrário, levantam questões urgentes sobre o compromisso britânico com o estado de direito. Funcionários públicos têm o direito de não serem silenciados quando falam da cumplicidade de seu governo a graves violações de direitos humanos”.

A Anistia instou Londres a “fazer mais e melhor para reconhecer tais preocupações dos bastidores” e “suspender urgentemente todas os envios de armas a Israel, com risco de serem utilizadas para cometer crimes de guerra”.

Ademais, reivindicou transparência nas decisões de Estado: “Agora, mais do que nunca, coragem e clareza são necessárias de todas as instituições. Compromisso com direitos humanos não é razão para demissão, mas sim um princípio-motriz”.

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