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Gaza tem 50 mil grávidas e lactantes em risco de morte, alertam médicos

5 de junho de 2025, às 17h25

Mulheres buscam cuidados médicos sob cerco israelense, no Hospital Hilwa, na Cidade de Gaza, em 24 de maio de 2024 [Hamza Z. H. Qraiqea/Agência Anadolu]

Cerca de 50 mil mulheres grávidas e lactantes em Gaza sofrem grave risco de morte por conta da escassez de medicamentos e insumos nutricionais essenciais, alertou Khalil al-Daqran, porta-voz do Hospital dos Mártires de Al-Aqsa, em Deir al-Balah, em entrevista à rede Voice of Palestine.

Al-Daqran reiterou que as taxas de aborto espontâneo aumentaram seis vezes desde a deflagração do genocídio israelense, em outubro de 2023, em paralelo a um aumento drástico nas taxas de nascimentos prematuros.

Unidades neonatais operam para além de sua capacidade, acrescentou.

Al-Daqran reafirmou que a ocupação israelense continua a alvejar sistematicamente as instalações civis em Gaza, cujo sistema médico beira o colapso.

Vinte e três hospitais fecharam as portas e as instalações restantes funcionam apenas parcialmente, em meio a falta crítica de insumos médicos e combustível.

Al-Daqran notou que mais de 12 mil pacientes com câncer permanecem sem o ao tratamento, com média de óbito de cinco pacientes por dia. Pacientes renais se somam às baixas, sem recursos de diálise devido ao cerco.

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