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“Linha Vermelha para a Palestina”: Manifestantes no Reino Unido exigem embargo de armas contra Israel enquanto cercam o Parlamento

4 de junho de 2025, às 16h50

Manifestantes formam uma corrente humana para criar um “muro vermelho” simbólico perto do Parlamento do Reino Unido, vestindo vermelho e segurando um tecido vermelho, protestando contra as vendas de armas do país a Israel, em Londres, Reino Unido, em 4 de junho de 2025. [Raşid Necati Aslım/ Agência Anadolu]

Milhares de manifestantes se reuniram na quarta-feira em frente ao Parlamento em Londres para exigir que o governo pare de armar Israel e imponha sanções a Tel Aviv, como parte de uma nova ação chamada “Linha Vermelha para a Palestina”, relata a Anadolu.

Vários parlamentares e celebridades se juntaram à “Linha Vermelha para a Palestina” ao redor do prédio durante a sessão semanal de Perguntas ao Primeiro-Ministro (PMQs) na Câmara dos Comuns.

Manifestantes gritavam: “Parem de armar Israel” e “Embargo total agora”, enquanto as críticas internacionais sobre a ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza e as restrições à ajuda humanitária aos palestinos aumentavam.

Além disso, uma grande faixa com os dizeres “Matar crianças de fome é uma linha vermelha” foi erguida pelos manifestantes perto do parlamento.

O ator britânico Khalid Abdalla disse que a ação mostrou que o “governo é cúmplice deste genocídio”.

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John McDonnell, deputado por Hayes e Harlington, classificou a manifestação como “fundamentalmente importante”, afirmando que milhares de pessoas compareceram ao protesto para exigir que o governo condene o genocídio em Gaza.

Ben Jamal, diretor da Campanha de Solidariedade Palestina (PSC), uma das organizadoras do protesto, disse que o grupo está formando uma linha vermelha ao redor do parlamento para exigir que “nosso governo sancione Israel por seus crimes contra o povo palestino”.

Na manhã de quarta-feira, o primeiro-ministro Keir Starmer classificou a recente ofensiva israelense como “apavorante, contraproducente e intolerável”.

Uma pesquisa revelou na quarta-feira que a grande maioria da população britânica apoia um embargo total de armas e sanções contra Israel.

Pelo menos 54.607 palestinos foram mortos na guerra genocida de Israel desde outubro de 2023, informou o Ministério da Saúde Palestino na quarta-feira.

O exército israelense retomou seus ataques a Gaza em 18 de março, violando um acordo de cessar-fogo e troca de prisioneiros firmado em janeiro.

Em novembro ado, o Tribunal Penal Internacional emitiu mandados de prisão contra o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu e seu ex-ministro da Defesa, Yoav Gallant, por crimes de guerra e crimes contra a humanidade em Gaza.

Israel também enfrenta um caso de genocídio no Tribunal Internacional de Justiça por sua guerra contra o enclave.

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