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Hamas reitera negativa a acordos que não garantam fim da guerra em Gaza

4 de junho de 2025, às 16h20

Forças israelenses ao longo da fronteira com Gaza, em 3 de junho de 2025 [Tsafrir Abayov/Agência Anadolu]

O movimento palestino Hamas reiterou sua recusa a qualquer acordo que não garanta completa cessação das hostilidades israelenses na Faixa de Gaza.

Bassem Na’eem, oficial sênior do Hamas, disse à rede Al-Aqsa TV nesta terça-feira (3) que a organização informou aos mediadores de sua prontidão para se engajar em uma nova rodada de negociações, porém distinta da proposta apresentada pelo enviado dos Estados Unidos no Oriente Médio, Steve Witkoff.

Na’eem explicou que o lado palestino não pode aceitar um acordo que continue opaco sobre um compromisso para dar fim à guerra.

“Witkoff veio até nós com um texto absolutamente diferente daquele que aprovamos”, alertou Na’eem. “O texto contém um vernáculo vago que não assegura em nada o fim da guerra em Gaza”.

Na’eem notou ainda que muitos países, incluindo aliados de Israel, estão convencidos de que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu permanece como o maior obstáculo a um acordo de cessar-fogo.

“Jamais perderemos a chance de acabar com a guerra e abrandar o duro sofrimento de nosso povo — desde que tenhamos garantias críveis”, acrescentou.

Na terça-feira, mais cedo, a emissora saudita Al-Hadath reportou, sem citar fontes, que negociações indiretas sobre Gaza seguiam há dias.

Conforme os relatos, Egito, Catar e Turquia haviam pressionado o Hamas a demonstrar suposta flexibilidade diante da intransigência israelense. As alegações sauditas previam que o Hamas aceitaria a proposta revisada de Witkoff, que altera termos sobre troca de prisioneiros e aumento do fluxo humanitário.

O Hamas, no entanto, desmentiu os rumores então difundidos pela monarquia.

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