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EUA alertam Reino Unido e França contra o reconhecimento do Estado Palestino

4 de junho de 2025, às 16h53

O presidente palestino, Mahmoud Abbas, discursa no Debate Geral da 79ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, na sede das Nações Unidas, em 26 de setembro de 2024, na cidade de Nova York. [Wang Fan/China News Service/VCG via Getty Images]

Os Estados Unidos teriam alertado o Reino Unido e a França contra o reconhecimento de um Estado Palestino durante a conferência agendada para 17 a 20 de junho nas Nações Unidas.

Diversos meios de comunicação afirmaram que a ameaça americana surgiu depois que a França e o Reino Unido anunciaram sua intenção de reconhecer um Estado Palestino.

A Arábia Saudita e a França haviam convocado a conferência da ONU sobre a solução de dois Estados, de 17 a 20 de junho, em Nova York.

Na sexta-feira, durante uma visita a Singapura como parte de uma viagem à Ásia, o presidente francês Emmanuel Macron afirmou que reconhecer o Estado da Palestina é um “dever moral e uma necessidade política”.

Ele acrescentou que “para reconhecer um Estado palestino, condições devem ser atendidas, como o reconhecimento de Israel e seu direito de viver em segurança, o desarmamento do Hamas, a não participação do movimento no governo palestino e a libertação de reféns israelenses”.

Na última quarta-feira, Macron anunciou que a conferência Paris-Riad visa dar um novo impulso ao reconhecimento de um Estado palestino.

Também na quarta-feira, Irlanda, Noruega, Eslovênia e Espanha solicitaram, em uma declaração conjunta, que a Palestina seja membro pleno das Nações Unidas e que seu Estado seja reconhecido com base nas fronteiras de 1967, com Jerusalém Oriental como capital. Eles também renovaram seu compromisso com a solução de dois Estados.

Paralelamente ao genocídio em Gaza, o exército israelense e os colonos intensificaram seus ataques na Cisjordânia ocupada, incluindo Jerusalém Oriental, resultando na morte de 973 palestinos. Pelo menos 7.000 pessoas ficaram feridas e mais de 17.000 foram presas, segundo dados palestinos.

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