Os Estados Unidos teriam alertado o Reino Unido e a França contra o reconhecimento de um Estado Palestino durante a conferência agendada para 17 a 20 de junho nas Nações Unidas.
Diversos meios de comunicação afirmaram que a ameaça americana surgiu depois que a França e o Reino Unido anunciaram sua intenção de reconhecer um Estado Palestino.
A Arábia Saudita e a França haviam convocado a conferência da ONU sobre a solução de dois Estados, de 17 a 20 de junho, em Nova York.
Na sexta-feira, durante uma visita a Singapura como parte de uma viagem à Ásia, o presidente francês Emmanuel Macron afirmou que reconhecer o Estado da Palestina é um “dever moral e uma necessidade política”.
Ele acrescentou que “para reconhecer um Estado palestino, condições devem ser atendidas, como o reconhecimento de Israel e seu direito de viver em segurança, o desarmamento do Hamas, a não participação do movimento no governo palestino e a libertação de reféns israelenses”.
Na última quarta-feira, Macron anunciou que a conferência Paris-Riad visa dar um novo impulso ao reconhecimento de um Estado palestino.
Também na quarta-feira, Irlanda, Noruega, Eslovênia e Espanha solicitaram, em uma declaração conjunta, que a Palestina seja membro pleno das Nações Unidas e que seu Estado seja reconhecido com base nas fronteiras de 1967, com Jerusalém Oriental como capital. Eles também renovaram seu compromisso com a solução de dois Estados.
Paralelamente ao genocídio em Gaza, o exército israelense e os colonos intensificaram seus ataques na Cisjordânia ocupada, incluindo Jerusalém Oriental, resultando na morte de 973 palestinos. Pelo menos 7.000 pessoas ficaram feridas e mais de 17.000 foram presas, segundo dados palestinos.
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